O universo dos Retornados do Benin será apresentado ao público na exposição “Agudás: Renascidos, Restituídos, Retornados”, que será aberta no dia 10 de maio (quinta-feira), às 19h, no Museu Eugênio Teixeira Leal (Pelourinho), com entrada franca.
Artista de multitalentos, Bols é também cantor lírico, cenógrafo, maquiador e passeia com desenvoltura por todas essas linguagens já aclamadas pelo público de Nova Iorque (EUA) e Paris (FR), onde homenageou as manifestações populares da Bahia no Carrossel do Louvre. Rodeado por nomes importantes, que fizeram questão de participar do seu projeto, Thiago tem em sua equipe, a dançarina, hairstylist afro e rainha do Olodum, Negra Jhô, que assina os textos de apresentação de sua obra, juntamente com Aline Guimarães e Tatiana Braz, gestoras da Casa do Benin em Salvador.
A produção fica por conta de Ana Ganzuá, que além de atriz e produtora, é empresária do ramo da gastronomia, tendo adquirido para o seu estabelecimento, o restaurante Pysco no Carmo, uma das maiores e mais importantes séries produzidas pelo artista.
A noite contará ainda com a participação de “Vovó Cici” (Fundação Pierre Verger) contando histórias e terá apresentação da Banda Xirê, grupo instrumental que tocam composições autorais sobre o universo dos orixás, liderado pelo músico argentino Lalo Alemán.
O evento tem também o apoio do Studio M, o centro de beleza e fotografia comandado por Larissa Ferrari e Leo Melo que fica no Ondina Apart hotel e cuidará da imagem do artista e do Hotel Sobrado, 25, localizado no Pelourinho, que cedeu as suas instalações para o artista e seus convidados durante todo o período de preparação da exposição, servindo de moradia, ateliê, escritório e inspiração.
O coquetel de abertura será assinado pelo restaurante Pysco Resto-Bar, comandado por Federico Olazabal e sua esposa Ana Ganzuá, juntaram a sua Chef Elaine Buarque com a especialista em culinária do sagrado afro-baiano, Marlene Costa, para elaborar pratos especiais que dialoguem com o tema.
Em setembro de 2015, Bols foi o único brasileiro premiado pela Fundação Robinson em Portugal, que selecionou um total de nove artistas estrangeiros através de um edital aberto para artistas do mundo inteiro, projeto que sequenciou uma residência artística (Re Habita 2015) na cidade de Portalegre, em Portugal, culminando numa mostra de múltiplas linguagens contemporâneas. Até 2017, foi artista exclusivo da October Gallery nos Estados Unidos.
De escravizados à retornados: da abnegação das memórias à construção de novos legados
A mostra acontecerá em três atos, como já sugere o título: Renascidos, Restituídos, Retornados. O primeiro momento contempla a saída, a perda da identidade, da liberdade e da dignidade. Passeia pelos percalços da nova condição de vida escravizada e do novo lugar.
O segundo momento abrange a adaptação, a familiaridade com os costumes da nossa terra, da nossa linguagem e da miscigenação.
O terceiro ato discorre sobre os aspectos singulares do retorno destes ao seu lugar de origem, como a nobreza da reconciliação com o seu povo que foi de fundamental importância para a economia do Benin e de toda região. Mas principalmente ressalta o reconhecimento do Brasil como lar, da importação da nossa cultura, do nosso jeito, configurando um território brasileiro no continente africano.
O ápice da exposição é a apresentação da pequena, porém significativa coleção de joias desenhadas pelo artista para esta celebração, que estarão expostas juntamente com as pinturas. As peças que homenageiam os Retornados foram confeccionadas em ouro, prata e pedras como Zircônia, Topázio e Rubi.
SERVIÇO
Local: Museu Eugênio Teixeira Leal (R. do Açouguinho, 1 – Pelourinho)
Data de abertura: 10 de maio (quinta-feira), às 19h
Visitação: De terça a sexta, das 9h às 18h; sábados, das 13h às 17h; e domingos, das 10h às 14h. Até 10 de junho.
Entrada gratuita
1 comentário
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adorei seu post
bem interessante <3
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